Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the rank-math domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /var/www/vhosts/blog.quedejuguetes.com/httpdocs/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the all-in-one-wp-security-and-firewall domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /var/www/vhosts/blog.quedejuguetes.com/httpdocs/wp-includes/functions.php on line 6114
Circuito ferroviário e exploração
Search

Circuito ferroviário e exploração

Considerações preliminares.

Todos os fãs de ferrovias modelo, mesmo aqueles que nunca puderam desfrutar de seu próprio modelo, pensaram, projetaram ou “sonharam” diferentes circuitos e layouts de trilhos, com terminais ou estações de passagem, com áreas industriais ou paisagens abertas. No entanto, antes de iniciarmos a construção de um modelo, temos de ser claros sobre o que estamos à procura e que tipo de operação ferroviária queremos realizar.

A concepção de uma rota ferroviária à escala não deve ser alheia a alguns conceitos elementares de exploração ferroviária. Não se trata de fazer de nós especialistas que conhecemos a ferrovia, mas de entender seu funcionamento para traduzi-la em uma realidade em escala.

Circuitos indescritíveis, sem a possibilidade de fazer uma exploração real do modelo, geralmente acabam com ventiladores e trens entediados nas vitrines, daí a importância de dedicar todo o tempo necessário ao projeto do layout antes de iniciar as obras ou as compras de material. A tentação de instalar trilhos e desfrutar de trens o mais rápido possível é grande, mas decisões precipitadas jogam contra nós.

Devemos perceber que a “jogabilidade” de um modelo depende em grande parte das circulações serem, além de fluidas, coerentes. A ferrovia é um meio de transporte que viaja de um ponto a outro para um propósito específico: transportar passageiros ou mercadorias. Fá-lo de forma linear, passando por estações intermédias no seu percurso, até chegar ao seu destino. Não dá a volta, nem passa constantemente pelo mesmo lugar.

Existem quase tantos tipos de circuitos quanto amadores. A corrente mais “purista” defende caminhos que reproduzem a essência das linhas ferroviárias reais, com circuitos a um nível, fazendo uso racional do espaço disponível e procurando uma operação puramente ferroviária. Outros fãs estão inclinados a aproveitar toda a superfície que possuem, por menor que seja, com caminhos cheios de trilhas e em diferentes níveis (o que na gíria é conhecido como “montanha-russa”). Entre os dois, há muitos caminhos do meio.

Em suma, trata-se de fazer um circuito que nos permita desfrutar do seu design, construção e das circulações dos nossos comboios. De acordo com nossos próprios critérios, mas tentando evitar algumas decisões ruins que pesarão nosso entusiasmo inicial, e tendo em mente que a “jogabilidade” de um modelo é provavelmente o aspecto mais importante ao enfrentar seu design.

O espaço disponível.

Este será o maior fator limitante que a maioria dos fãs enfrenta ao projetar nosso modelo. São poucos os fãs que podem contar com uma sala exclusivamente dedicada a este hobby, e sorte daqueles que têm espaços maiores que um punhado de metros quadrados.

Como vimos no post anterior, o espaço disponível é decisivo na hora de decidir qual escala vamos usar. Lembre-se de que, para o mesmo layout, a escala H0 (1:87) ocupará uma área 4 vezes maior que uma escala N (1:160). Uma vez que tenhamos clareza sobre a escala escolhida, teremos que desenhar um circuito de acordo com o espaço com o qual podemos contar.

Qual é o espaço mínimo para um circuito em H0? (ou em N) – Essa é uma pergunta muito frequente, mas não tem uma resposta concreta. Se nos ativermos aos circuitos comerciais propostos pelos fabricantes de conjuntos de arranque, poderíamos ter a ideia enganosa de que 150 x 80 cm é suficiente para fazer um modelo em escala H0. Uma ferrovia modelo em escala 1:87 nunca entrará nesta superfície e o ideal nesse caso, se quisermos fazer mais do que apenas um oval que os trens giram, seria ir para uma escala menor.

Normalmente, o espaço disponível para o nosso modelo será previamente condicionado por fatores fora do hobby, sendo uma determinada superfície. Conhecendo esses dados com antecedência, haveria duas maneiras de abordar o design do layout:

1 . Regras de escala – Se formos muito claros de que queremos nos dedicar a uma escala específica, então teremos que adaptar nosso espaço a essa escala. Se o espaço for pequeno e a escala grande, o circuito será muito condicionado por ele.

2 . As regras do circuito – Se, por outro lado, formos claros sobre o circuito que queremos reproduzir, teríamos que projetar o layout em diferentes escalas e, assim, determinar qual deles melhor se adapta ao nosso espaço.

As curvas e o raio mínimo.

Ao projetar uma rota ferroviária em miniatura, devemos assumir uma redução complementar àquela marcada estritamente pela escala, uma vez que reproduzi-la exatamente seria inviável por razões de espaço. É justamente nas curvas que esse fato é mais evidente.

Estabelecer o raio mínimo nas curvas do nosso layout é uma decisão importante e é determinada por dois aspectos:

1 . Critérios mecânicos – A limitação técnica do próprio material circulante.

2 . Critérios estéticos – A busca por um maior realismo nas curvas.

Fazer layouts com curvas muito apertadas, forçadas por um espaço pequeno ou pelo desejo de colocar todas as estradas que pudermos no circuito, é uma fonte de problemas que são muito difíceis de resolver mais tarde (critério mecânico). Além de serem causa de descarrilamentos, raios excessivamente fechados causam um efeito muito feio e irreal na passagem de composições por curvas (critério estético).

A escolha do raio mínimo será, sem dúvida, condicionada pela escala escolhida (e pelo espaço disponível), mas também pelo tipo de material que queremos circular através do nosso modelo. Limitar-se a uma curta exploração de material em linhas secundárias é uma opção totalmente viável, mas muitas vezes muitos fãs tendem a querer procurar os limites do percurso, com material cada vez menos adaptado ao conceito inicialmente previsto. Ser consistente com as decisões que tomamos durante a fase de projeto é de grande importância.

A norma NEM 111 determina padrões mínimos em relação aos raios recomendados, dependendo do tipo de material utilizado (neste caso, vagões bogie, um dos materiais mais problemáticos). Embora seja comum encontrar vagões que circulam abaixo dos raios marcados, é conveniente levar essas informações em consideração. A tabela a seguir é um resumo desse padrão para as escalas N e H0.

Além disso, é aconselhável usar curvas de transição, especialmente em caminhos com raios pequenos. Trata-se de iniciar e terminar uma curva progressivamente, até atingir o raio mínimo, de modo que a inscrição do material seja menos abrupta e permita melhorar a circulação por esse tipo de raios menores.

Outro aspecto a ser monitorado no desenho das curvas de um trajeto são as áreas de mudança de curvatura (ou curvas em “S”), uma vez que são pontos em que a capacidade de inscrição das composições é forçada ao máximo. Nestes casos, é aconselhável usar raios mais largos do que no resto do circuito ou intercalar pequenas seções com curvas de transição ou trilhas retas.

Em conclusão, podemos afirmar que o mais conveniente é utilizar os raios mais largos que o nosso projeto nos permite, tendo em consideração que pequenos raios podem levar a problemas de taxiamento no material mais “crítico” (vagões de bogies, vagões, locomotivas com vários eixos acoplados, etc.). O uso de grandes raios nos permitirá mostrar e fluidificar circulações em todos os tipos de material, bem como caminhos mais realistas, bem como o uso de ganchos curtos.

A inclinação máxima.

Tal como acontece com a ferrovia real, a inclinação máxima é outro ponto crítico em nossas rotas. Sem dúvida, jogar com as mudanças de nível cria efeitos muito coloridos nos modelos e aumenta as possibilidades de jogo, mas isso deve ser feito com base em critérios previamente definidos.

Em primeiro lugar, lembre-se de que as inclinações são geralmente expressas em porcentagem (%) ou milésimos (‰). Desta forma, uma rota que começa a partir de um nível de base e, depois de viajar 100 cm, atinge um nível 5 cm mais alto, teria superado uma inclinação de 5% (ou 50 milésimos).

Nos comboios reais, uma inclinação de 2% já seria muito considerável, no entanto, para os comboios em miniatura, continuaria a ser uma rampa aceitável. Como vimos com os raios de curva, não há inclinação máxima padronizada para um modelo de trens, depende do modelo específico, da composição que arrasta, da velocidade de partida ou de seu comprimento. Além disso, os modelos motorizados geralmente possuem anéis de adesão que aumentam significativamente sua capacidade de tração. Como regra geral, considera-se que um percurso em modelismo ferroviário não deve exceder 3% de desnível, embora, se o espaço o permitir, seja ideal manter as inclinações abaixo de 2%.

Mudanças bruscas de inclinação também são um ponto problemático em qualquer pista, pois podem causar descarrilamentos acidentais e desacoplamento no material. Devemos sempre fazer uma transição progressiva de uma área plana até atingirmos nossa inclinação máxima.

As curvas de subida forçam nossos trens a realizar um maior esforço de tração, devido ao aumento do atrito contra o trilho. É aconselhável baixar a nossa inclinação máxima nestes pontos do circuito, em maior medida quanto mais apertada a curva.

Além da questão técnica, devemos considerar a estética. Rampas excessivas tendem a fazer com que nossos modelos pareçam irreais e podem estragar um layout colorido.